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Os Pombos e a Bolsa de Valores

Os Pombos e a Bolsa de Valores

Você possivelmente já ouvir falar da Praça de São Marcos em Veneza, na Itália, um dos mais populares pontos turísticos do mundo. Quem já visitou Veneza sabe que uma das marcas registradas dessa Praça, além da catedral e dos monumentos, são os pombos. Milhares deles vivem ali comendo nas mãos dos turistas. De vez em quando, alguém dá um grito e eles saem em revoada. São pássaros assustados e desconfiados e quando uns voam, os demais vão atrás, fazendo um barulho diferente com as asas, e por algum tempo a praça fica vazia.

Aos poucos, os pombos começam a retornar, ainda amedrontados e mais desconfiados, e se alguém fizer um simples barulho, as aves tornam a se afastar. E retornam em seguida se sentirem que o perigo passou.

O mercado global, assim como a balsa de valores, pode ser comparado com a Praça de São Marcos e os pombos são como os investidores, são nervosos, às vezes fazem um monte de sujeira e precisam de controle ou destroem tudo. E a qualquer sinal de perigo saem em revoada.

A Praça precisa dos pombos tanto quanto o mercado precisa dos investidores, há uma ligação, uma interdependência. Sem a praça, os pombos perdem. Sem os pombos, a praça perde.

Com a crise nos comportamos como os pombos, apavorados, desconfiados, mas quando a crise passa, muitos encontram grandes oportunidades e outros vão ficar lamentando.  Você pode escolher em que grupo quer ficar: com os pregadores do Apocalipse ou com os visionários da Boa Nova.

É assim como o mundo me parece hoje. E você, o que pensa sobre crise?

Beto Colombo